Depois de ler outras opiniões sobre a #FOME, entendi que o assunto necessita mais debate.
Há pouco tempo atrás, ouvi o depoimento de um ex-comandante do contingente brasileiro no HAITI, que expressava sua tristeza diante da miséria daquele povo, de onde eu destaco o seguinte trecho:
“o haitiano está, há tanto tempo, recebendo esmola para sobreviver que se acostumou a pedir. Outro dia, vi uma senhora vendendo arroz e feijão, mas, ao me ver, não hesitou em pedir comida...”
De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. As necessidades de auto realização são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente. - Teoria de Maslow, Por Daniel Serrano, 02/07/2000, http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/maslow.htm
Todo mundo concorda que as necessidades fisiológicas devem ser saciadas, mas como elas serão, que é amplamente discutido. Acredito que daí surge a expressão: “Não dê o peixe, ensine a pescar.” Então, o que ensinar, pois:
Será que o sertanejo não sabe cultivar a terra?
Será que o garimpeiro na África não reconhece um diamante?
Será que o amazonense não sabe pescar?
O que fazer para matar a #FOME e assim darmos os outros passos (por meio da #EDUCAÇÃO) em direção às necessidades de auto realização?
Sinceramente, parece-me impossível pensar em escola quando se está com #FOME ou vendo os seus passando #FOME.
300 anos a.C, os chineses perceberam a importância da agricultura e tudo fizeram para valorizá-la, quem sabe este não seja um dos caminhos:
Se os salários forem generosos e, consequentemente, os impostos numerosos, o grande número de pessoas que vive na dependência de outras representará ruína para a agricultura; mas, se elas forem taxadas de acordo com o cálculo do número de pessoas dependentes de outras e levadas a trabalhar pesadamente, os depravados e licenciosos, os ociosos e preguiçosos não terão do que viver, e por não ter do que viver, recorrerão à agricultura; quando eles recorrerem à agricultura, é certo que as terras improdutivas produzirão ao ser cultivadas. - O Livro de Mestre Shang, traduzido por Vivian do Amaral Nunes. São Paulo, 2004.