Segundo Clausewitz, "a guerra é a continuação da política por outros meios".
A introdução do livro Construtores da Estratégia Moderna, uma referência na bibliografia dos Cursos de Estado-Maior, relaciona diretamente, em cinco trechos, as expressões política e militar como indissociáveis.
A derrota americana na Guerra Vietnã é atribuída ao menosprezo dos estrategistas no emprego total da teoria de Clausewitz, deixando a expressão militar entregue ao massacre opinativo da imprensa.
Após a Primeira Guerra Mundial e queda das últimas monarquias européias, consolidou-se ideologias como motivação primeira para a guerra: liberdade, democracia, xaria ..., embora historiadores tentam demonstrar motivações econômicas, como se a Guerra do Iraque fosse um subterfúgio para que os EUA controlassem a produção de petróleo naquela região, são as ideologias que as justificam externamente.
Com a ausência das alianças dinásticas ou dívidas de honra entre monarcas, as alianças políticas, econômicas e militares adotaram os interesses ideológicos como referenciais. Desta forma, todo o planejamento e aparelhamento das Forças Armadas nacionais consideram a ideologia dominante sob pena de ser substituída por uma milícia armada.
No Brasil, todos os documentos militares são orientados pela Estratégia Nacional de Defesa e pela Política Nacional de Defesa, documentos estes elaborados e aprovados por políticos.
Então, por que profissionais da guerra se auto-censuram no debate político? Por que os militares se apressam em declarar isentismo político tendo como farol de planejamento documentos essencialmente políticos? Por que os militares exigem a transferência para a reserva dos militares que assumiram suas convicções políticas em um mandato eletivo?
O debate cultural coloca a discussão política no mais inferior dos níveis de cultura humana, ou seja, discutir política é o nível mais ordinário de uma sociedade. Dito assim, para afastar o debate político de seus círculos, os militares deveriam investir em seu aprofundamento cultural. Repare que o termo usado foi aprofundamento e não ampliação, justamente, para fugir do resultado atual: conhecimento com a abrangência de um oceano, mas com a profundidade de uma gilete deitada.
Proteger a hierarquia e a disciplina da influência de ideologias má intencionadas por meio da simples proibição do debate político é negar a própria natureza política de sua profissão. Correm o risco de desconhecer a origem de ideais como desarmamento civil (evitar insurgências sob tiranias), desenvolvimento econômico dependente de projetos estatais (keynes, fascismo e nazismo) e teoria geopolítica Eurasiana, tornando-se marionetes perigosas.
Se os militares entendessem Clausewitz, perceberiam que não há como manter-se a parte da política e que discutir política é o básico da humanidade. A única maneira de evitar guerras injustas é descobrindo a origem das ideias e dos ideais políticos aos quais são subordinados.
A introdução do livro Construtores da Estratégia Moderna, uma referência na bibliografia dos Cursos de Estado-Maior, relaciona diretamente, em cinco trechos, as expressões política e militar como indissociáveis.
A derrota americana na Guerra Vietnã é atribuída ao menosprezo dos estrategistas no emprego total da teoria de Clausewitz, deixando a expressão militar entregue ao massacre opinativo da imprensa.
Após a Primeira Guerra Mundial e queda das últimas monarquias européias, consolidou-se ideologias como motivação primeira para a guerra: liberdade, democracia, xaria ..., embora historiadores tentam demonstrar motivações econômicas, como se a Guerra do Iraque fosse um subterfúgio para que os EUA controlassem a produção de petróleo naquela região, são as ideologias que as justificam externamente.
Com a ausência das alianças dinásticas ou dívidas de honra entre monarcas, as alianças políticas, econômicas e militares adotaram os interesses ideológicos como referenciais. Desta forma, todo o planejamento e aparelhamento das Forças Armadas nacionais consideram a ideologia dominante sob pena de ser substituída por uma milícia armada.
No Brasil, todos os documentos militares são orientados pela Estratégia Nacional de Defesa e pela Política Nacional de Defesa, documentos estes elaborados e aprovados por políticos.
Então, por que profissionais da guerra se auto-censuram no debate político? Por que os militares se apressam em declarar isentismo político tendo como farol de planejamento documentos essencialmente políticos? Por que os militares exigem a transferência para a reserva dos militares que assumiram suas convicções políticas em um mandato eletivo?
O debate cultural coloca a discussão política no mais inferior dos níveis de cultura humana, ou seja, discutir política é o nível mais ordinário de uma sociedade. Dito assim, para afastar o debate político de seus círculos, os militares deveriam investir em seu aprofundamento cultural. Repare que o termo usado foi aprofundamento e não ampliação, justamente, para fugir do resultado atual: conhecimento com a abrangência de um oceano, mas com a profundidade de uma gilete deitada.
Proteger a hierarquia e a disciplina da influência de ideologias má intencionadas por meio da simples proibição do debate político é negar a própria natureza política de sua profissão. Correm o risco de desconhecer a origem de ideais como desarmamento civil (evitar insurgências sob tiranias), desenvolvimento econômico dependente de projetos estatais (keynes, fascismo e nazismo) e teoria geopolítica Eurasiana, tornando-se marionetes perigosas.
Se os militares entendessem Clausewitz, perceberiam que não há como manter-se a parte da política e que discutir política é o básico da humanidade. A única maneira de evitar guerras injustas é descobrindo a origem das ideias e dos ideais políticos aos quais são subordinados.
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