segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Revolução na Educação pelo Futebol (parte 1)

Atualmente, discute-se muito sobre educação no Brasil. A maioria concorda que a educação é uma solução definitiva, mas discordam nas fórmulas de implementação.
A discussão ocorre em vários níveis: desde a frequência escolar das crianças durante o ensino fundamental até o acesso ao ensino superior.
Excluindo-se Paulo Freire, pouco se avaliou ou estudou a educação brasileira por ela. Normalmente, copia-se soluções estrangeiras, sem o devido cuidado cultural, histórico ou simplesmente social.
Agora a ideia da vez são as escolas técnicas, que, no Sudeste, têm ótima aplicação, mas no Norte?

A outra preocupação dos brasileiros é o nível do futebol brasileiro, dos jogadores, dos campeonatos. Como segurar os jovens talentos nos clubes (falidos) do Brasil?
Da mesma forma que a educação muitas ideias, poucas soluções.

Então surgiu a minha ideia: unir a paixão nacional à educação. De que forma?
Qual é a sua profissão? Jogador de Futebol
Como você se preparou para exercê-la? Fiz um Curso de Ensino Superior
    Muitos dirão: "Excelente, mas como impedir que Ronaldinhos, Neimars sejam contratados, mesmo sem qualquer escolaridade?"
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    É claro que uma revolução no Brasil só pode ser feita "Passo a passo", como a volta da democracia. Por isso a Revolução Comunista não deu certo no Brasil: luta de classes + armas. Somos pela paz.
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    Minha proposta começa estabelecendo as regras de profissionalização - Não sei o que está escrito na Lei Pelé, mas deveria ter:
    1. carteira de trabalho para jogador de futebol para que os clubes a assinassem, dando direitos ao cidadão, mesmo que não fosse bem sucedido na profissão, uma aposentadoria.
    2. do item anterior já se deduz que só teríamos profissionais com maioridade jurídica. Aqui surge o primeiro problema, os clubes estrangeiros vem buscar os jovens, então me permito tratar do assunto mais tarde...
    3. regras de transição para não excluírmos os jovens marginalizados pela sociedade, teríamos:
      1. até o 4º ano da lei, para todos os atletas regularizarem seus estudos até o 5º ano do ensino fundamental.
      2. até o 10º ano da lei, para todos os atletas regularizarem seus estudos até o 9º ano do ensino fundamental.
      3. até o 15º ano da lei, para todos os atletas regularizarem seus estudos até o 3º ano do ensino médio.
      4. até o 23º ano da lei, para todos os atletas apresentarem seus diplomas de bacharéis do ensino superior.

    terça-feira, 23 de novembro de 2010

    "Paiz" e "Choque de ordem"

    A primeira vez que eu ouvi a expressão "choque de ordem" foi no jornal noturno de um domingo ensolarado, onde o reporter na TV mostrava inúmeros veículos sendo rebocados por que estava estacionado em local não autorizado, prejudicando a circulação do trânsito na avenida costeira à praia. De imediato aplaudi a ação, pois era um absurdo filas de carros estacionados (às vezes triplas) que, a partir das 9h da manhã, imobilizavam o trânsito na praia e nas vias expressas.
    Algum tempo depois, percebi que a repressão continuava, mas soluções não eram apresentadas. Não se via projetos de estacionamentos, de linhas de transporte público regulares ou, pelo menos, campanhas promovendo eventos alternativos, incentivos ao transporte solidário...
    Atualmente, começo a imaginar o lado obscuro do "choque":

    1. Máfias de reboques;
    2. Aumento de arrecadação por multas; ou
    3. Apenas repressão, por que o bairro do prefeito estava desconfortável.
    Talvez quem precise de "choque de ordem" sejam os órgãos públicos:
    1. Dia de chuva, "cadê" os guardas municipais?
    2. Burocracia e desinformação nas vistorias do Detran. Quem nunca se aborreceu com uma exigência surpresa?
    3. Licitação de ônibus por área? Como? Cada empresa decidirá seu itinerário? Onde devo esperar o próximo ônibus?
    4. Calçada é responsabilidade do morador fronteiriço. Como? No condomínio, área comum é responsabilidade do síndico. Na cidade, área comum é responsabilidade de quem?
    5. As lixeiras são sempre instaladas longe dos pontos de ônibus e escolas. Quando danificadas, nunca são repostas. Assim, como as crianças vão aprender a jogar o lixo na lixeira, se não as acham?
    Nossos antepassados foram sábios: "Ordem e Progresso", sem um, não há o outro. Precisamos aplicar o "choque de ordem" na administração pública, afinal quem paga seus salários?

    quinta-feira, 4 de novembro de 2010

    Futebol: Copa do Mundo 2016 e o "soccer"

    Mudando de assunto, mas ainda dentro da ideia de um palpiteiro, surgiu um palpite para o futebol brasileiro.
    Copa do Mundo de 2014
    Outro dia estava ouvindo uma discussão sobre os atrasos nos preparativos para a competição, quando me surgiu "o palpite":
    Aproveitando o calendário do futebol brasileiro, com a Copa do Brasil acontecendo no 1º semestre, a CBF poderia testar os Estados-sede nos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014 (inclusive) da seguinte forma:
    1. Realizar toda Copa do Brasil em um grupo de Estados-sede, colocando os clubes participantes testando os hotéis, centros de treinamento, meios de transporte, sistemas de segurança...
    2. Alternar os Estados-sede de um ano para outro, de forma que, em 2014, todos teriam sido avaliados, inclusive os estádios onde seriam realizados os jogos da Copa do Mundo.
    3. É claro que muita coisa seriam testadas no formato mais próximo do formato da Copa do Mundo somente nos anos de 2013 e 2014, não subestimando a capacidade dos Governos, apenas considerando os cronogramas atuais das obras em andamento.
    Futebol Brasileiro
    Reclamamos demais da qualidade atual de nossos campeonatos, da valorização de "volantes" em detrimento de "maestros"...
    O norte-americano inventou o "Football" Americano e é extremamente feliz com ele e ainda chamam o nosso futebol de "soccer". Porque não criamos o nosso "Futebol Brasileiro" e também passaríamos a chamar o resto de "soquer"? Como?
    1. Adotarmos regras precisas que independessem da interpretação do juiz.
      • Por exemplo, o impedimento substituiríamos por uma linha traçada no campo, a partir da qual o adversário não poderia permanecer só. Como a linha da área do goleiro no handbol, o garrafão do basquete ...
      • O tempo corrido, somente com bola rolando. É claro que não poderíamos manter os 45 minutos, mas como parâmetro eu lembro que a Rede Globo havia divulgado em um campeonato que a média de tempo de bola rolando são 30 minutos.
    2. Abolirmos definitivamente a violência que detona os "maestros" com regras semelhantes ao FutSal:
      • Punir com falta qualquer "carrinho".
      • 5 faltas individuais ou 10 coletivas redundariam em penaltis ao final de cada tempo.
      • Instituir o cartão azul, deixando de fora o infrator por um tempo.
      • Pensei nas regras do FutSal, por que era tão violento que chegou a ser proibido nos quartéis, pois muitos militares estavam ficando "quebrados". E com as regras atuais, constam inclusive do calendário desportivo militar.
    3. Acabar com o empate que só favorece o time mais fraco e prejudica o espetáculo e as brincadeiras.

    terça-feira, 2 de novembro de 2010

    “Não dê o peixe, ensine a pescar.”


    Depois de ler outras opiniões sobre a #FOME, entendi que o assunto necessita mais debate.

    Há pouco tempo atrás, ouvi o depoimento de um ex-comandante do contingente brasileiro no HAITI, que expressava sua tristeza diante da miséria daquele povo, de onde eu destaco o seguinte trecho:
    “o haitiano está, há tanto tempo, recebendo esmola para sobreviver que se acostumou a pedir. Outro dia, vi uma senhora vendendo arroz e feijão, mas, ao me ver, não hesitou em pedir comida...”
    De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. As necessidades de auto realização são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente. - Teoria de Maslow, Por Daniel Serrano, 02/07/2000, http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/maslow.htm
    Todo mundo concorda que as necessidades fisiológicas devem ser saciadas, mas como elas serão, que é amplamente discutido. Acredito que daí surge a expressão: “Não dê o peixe, ensine a pescar.” Então, o que ensinar, pois:
    • Será que o sertanejo não sabe cultivar a terra?
    • Será que o garimpeiro na África não reconhece um diamante?
    • Será que o amazonense não sabe pescar?

    O que fazer para matar a #FOME e assim darmos os outros passos (por meio da #EDUCAÇÃO) em direção às necessidades de auto realização?
    Sinceramente, parece-me impossível pensar em escola quando se está com #FOME ou vendo os seus passando #FOME.

    300 anos a.C, os chineses perceberam a importância da agricultura e tudo fizeram para valorizá-la, quem sabe este não seja um dos caminhos:

    Se os salários forem generosos e, consequentemente, os impostos numerosos, o grande número de pessoas que vive na dependência de outras representará ruína para a agricultura; mas, se elas forem taxadas de acordo com o cálculo do número de pessoas dependentes de outras e levadas a trabalhar pesadamente, os depravados e licenciosos, os ociosos e preguiçosos não terão do que viver, e por não ter do que viver, recorrerão à agricultura; quando eles recorrerem à agricultura, é certo que as terras improdutivas produzirão ao ser cultivadas. - O Livro de Mestre Shang, traduzido por Vivian do Amaral Nunes. São Paulo, 2004.